sábado, 16 de junho de 2007

Vício




Quem não conhece alguem que fume ou se embriague? Qual maior de idade nunca, ao menos uma vez, provou bebidas alcoólicas? E o melhor, quem nunca viu alguem se fud* por causa disso, desde acidente de carro até acidente de fígado...
Este é o nosso lar, onde tantas coisas são elo avesso. A questão das drogas é uma dessas, porque apesar de todo mundo saber que, em suma, eles acabam não apenas com o usuário, como também quem está em sua volta, entretanto, alguns são permitidos, outros não apenas negados, são preconceituados, como por exemplo a maconha.
Não creio que seja de conhecimento geral que ela possa ser utilizada não apenas como anestésico, como também em tratamento de câncer (= O), relatado na Super Interessante de 06/2007, onde estão pesquisas com ratos, estes geneticamente modificados para desenvolverem problemas pulmonares, e os que tratados com o pricípio ativo da Cannabis (planta originária da maconha) apresentaram maior resistêcia a tais efeitos.
Trazendo isto para o nosso cotidiano, encontramos inúmeras barreiras quanto ao diálogo à respeito de mudar nossa constituição para liberar ou condenar drogas, pois afinal, 'encher a cara' e dirigir bêbado 'é coisa de macho', mas fumar um 'baseado' e 'viajar' é coisa de marginal. Até mesmos os tratamentos contra os vício são diferenciados, pois enquanto um é 'doente', o outro é 'delinquente'.
Segundo pesquisas em revistas e internet, este preconceito surgiu com o crescimento da indútria do papel, a qual diputava com o canhâmo (produto também derivado da Cannabis, inclive estando presente nos navios que 'descobriram' a América e o Brasil), pois este mais barato estava ganhando na disputa comercial, então a saída daquele foi investir em propaganda negativa do outro, afirmando que sua planta era coisa de 'índio, negro, inferior', e tal preconceito foi ficando até hoje.
Talvez o maior problema seja o comodismo, que como na maioria das áreas atinge a população, pois mesmo sabendo que existem coisas piores e que as 'lícitas' podem até causar estragos maiores a sociedade nada se faz. O que posos pensar é quanto não se gasta com hospitais com tratamentos pulmonares, ou acidentes de carro causados por motoristas bêbados, levando em consideram que isso possa ser mantido por causa do impostos, e que estes sejam maiores que as despesas, não quero nem pensar no quanto se ganharia caso o tráfico ganhasse o governo como concorrente, pelo menos assim grande parte do dinheiro que é gasto comprando armas podeia ser investido em 'educação'.
Quem sabe liberar fosse melhor, pois em países como a Holanda foi detectado um decréscimo no consumo da maconha quando esta foi liberada, ou talvez negar a venda de todos estes produtos viciantes e que podem acabar com famílias, mas ae seria mais produtos para o tráfico... Quem sabe algum dia se consiga o ideal , ter tudo isso liberado, mas com uma população tão ciente dos males que simplesmente não queira, por saber que aquilo apenas destrói, no final, eu acho que a curiosidade acaba tornando o processo mais interessante, pois todo mund prefere uma coisa difícil, e ainda mais proibida... mas ae já um outro assunto.

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